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Rambo: Até o Fim | Crítica

Em alguns momentos, é difícil encontrar as palavras certas para falar de John Rambo, pois poucos personagens conseguiram se tornar um ícone dentro da indústria e migrar para tantas outras mídias, virando um herói para todas as idades (que muitos sequer sabem que se trata de uma adaptação de um romance de 1972, escrito por David Morrell, intitulado de First Blood). Aliás, muitos também não sabem que o título original do primeiro filme é First Blood, mas não estamos aqui para julgar ninguém, apenas para falar de tiro, porrada e bomba, não necessariamente nesta ordem.


A serenidade no olhar de quem mataria mais mil se fosse preciso.

Desde o primeiro filme, de 1982, Rambo (Sylvester Stallone) passou por muitas mudanças. Cada filme por um diretor com estilo diferente, o que dificulta bastante para criar uma identidade própria para a franquia como um todo, chegando até a ser dirigido pelo próprio Stallone, no caso de Rambo IV. Mas Rambo: Até o Fim, dirigido por Adrian Grunberg — que possui um histórico respeitoso como diretor assistente, ou de segunda unidade, mas que este ainda é seu terceiro filme como diretor solo —, e com roteiro assinado por Matt Cirulnick e pelo próprio Stallone, vem com a missão de dar um final digno a um personagem tão lembrado na cultura pop.


Aqui acompanhamos um John Rambo mais calmo, vivendo na antiga fazenda do seu pai, onde adestra cavalos e leva uma vida tranquila. John ainda demonstra traumas que o atormentamo, porém contamos também com o elemento da família, pois uma antiga funcionária da fazenda, junto com sua neta, vive na fazenda com John há muito tempo. Os laços familiares ali feitos são fortes entre eles e deixa claro que Rambo é a figura paterna da garota que está prestes a ir para a faculdade, assim como ele realmente a vê como uma filha.


Sim, John Rambo possui seus momentos de melancolia.

Seguindo com essa introdução, conseguimos dividir o filme em duas partes, onde a primeira tem uma forma clara de um drama familiar, quando a garota decide conhecer seu pai biológico, que atualmente mora no México, mas acaba sequestrada pelo cartel de prostituição e tráfico de drogas. Uma coisa bacana nesta primeira parte é ver John Rambo sendo imprudente, agindo impulsivamente, dado realmente um tom mais real ao personagem, nós fazendo acreditar que aquela história realmente poderia acontecer daquele jeito.


Ainda na primeira metade conseguimos ver algumas referências ao antigo John Rambo, mas é na segunda parte que a homenagem aos filmes de brucutus dos anos 80 começa. Com muita violência e imaginação, Rambo transforma sua fazenda numa verdadeira armadilha, trucidando seus inimigos das formas mais cruéis e viscerais que podemos imaginar. Caindo para algo bem gore mesmo, como o que já estamos acostumados a ver na franquia Jogos Mortais.


Apenas um aperitivo do gore que o filme joga em sua cara.

Quem conhece a franquia tem uma noção do que esperar do filme, já que não existe Rambo sem violência. Mas algumas adições interessantes, feitas na primeira metade do filme, que davam uma cara inédita à franquia, acabam sendo descartadas na segunda parte. Mas, ainda sim, são essas adições descartadas que dão uma motivação a John Rambo e que permitem um desfecho para filme, além de permitir uma despedida respeitosa, até certo ponto, para o personagem.


Levando em conta essas falhas de roteiro, que não conseguem conectar com eficiência as duas partes do filme, o espectador sai do cinema com a sensação de ter começado a assistir um filme e ter ido parar em outro. Mas, por incrível que pareça, ainda é uma despedida digna para o personagem. Além disso, também é preciso lembrar de assistir ao filme com a mente aberta, que aquilo em tela é apenas uma diversão descompromissada, tendo apenas como missão entrerter e dar a John Rambo a sua matança final.



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