top of page

O Esquadrão Suicida: Divertido, Sangrento e Glorioso!

Há uma razão para este filme se chamar The Suicide Squad e não Suicide Squad 2. Essa traquinagem de supervilões escabrosa, contundente e surpreendentemente inteligente é passa um pouco longe de ser uma sequência e chega mais perto de uma reformulação desesperadamente necessária do filme de 2016.



O longa foi escrito e dirigido por James Gunn, cujos os filmes dos Guardiões da Galáxia injetaram um tipo de ficção científica esquisita e uma boa dose de humor no Universo Cinematográfico da Marvel, além de ter sido um sucesso de bilheteria e crítica. Quando tweets antigos o colocaram em maus lençóis na Marvel, os executivos da rival Warner/DC puxaram o diretor para revitalizar outra equipe bem excêntrica: o Esquadrão Suicida. Livre dos grilhões familiares da Marvel, Gunn encontrou o lar perfeito para sua gloriosa mistura de gore e rock clássico; Filmes de ação dos anos 80 e quadrinhos esquecidos; humor mais obsceno e linguagem mais suja. Este é um filme em que o governo dos EUA contrata um tubarão que fala como Sylvester Stallone para rasgar as pessoas ao meio.


Claro, há um precedente para bagunçar as coisas na DC. Agora temos duas versões da Liga da Justiça de 2017: um frankenstein abismal de duas horas de Joss Whedon e um "corte do diretor" totalmente diferente, sombrio e bem longo, com 4 horas de duração. Talvez eles fiquem quietos agora que a Warner Bros. supostamente deu aos fãs exatamente o que eles querem em "O Esquadrão Suicida".



Pois bem, como no primeiro filme, o enredo envolve um bando de vilões condenados com superpoderes bem questionáveis ​​sendo pressionados a servir o governo dos Estados Unidos em missões sujas! Ah claro, todos comandados por Amanda Waller (Viola Davis). Desta vez, eles estão se infiltrando em uma ilha da América do Sul para derrubar uma junta militar recém-instalada e exterminar uma "super arma misteriosa". E assim seguem as complicações dentro da missão, cheia de mortes, traições e brincadeiras insanamente violentas.


Um dos maiores pontos fortes do primeiro filme foi o elenco, e o mesmo acontece aqui. Ao lado de Davis, Joel Kinnaman, Jai Courtney e Margot Robbie voltam do primeiro filme. Depois de Birds of Prey, Margot Robbie consegue entregar uma Arlequina no mesmo padrão, se apaixonando e atirando em capangas em um vestido rasgado e botas de combate, destaque para uma cena onde sangue é substituído por flores e purpurina, mostrando a visão da personagem quando sai atirando com uma escopeta na cabeça dos inimigos.



Os recém-chegados incluem Idris Elba como o apavorado assassino Bloodsport, combinando qualidades naturais de liderança com uma veia anti-heróica desbocada. É bem engraçado ver o seu personagem em uma competição irritante com o patriota e psicótico Pacificador (John Cena). A cena onde rola um confronto hilariante e sanguinário entre os dois, para ver quem consegue matar com mais "estilo", é cheia de exageros porém muito divertida! Uma verdadeira disputa para tentar superar um ao outro em criatividade homicida. Cena está muito bem como Pacificador, exagerado, sério e ao mesmo tempo engraçado cheio de piadas, inclusive parece ser um ator totalmente diferente do bloco de concreto que caiu fora da tela com uma atuação bem abaixo do esperado e bem entediante em Velozes e Furiosos 9.



Juntando-se ao longa de James Gunn, está um elenco fantástico, incluindo Nathan Fillion, Michael Rooker, Pete Davidson, Alice Braga, Taika Waititi e Peter Capaldi. (E olhe para o criador de quadrinhos John Ostrander como um médico detestável.) Todos são perfeitos e estão claramente se divertindo imensamente.



A câmera hiperativa de Gunn balança, balança e soca em um ritmo alucinante. O filme começa com uma abertura selvagem, e também hilária, de um assalto à praia que joga "O resgate do soldado Ryan" em um coquetel de drogas. Ele escala através de cenários de ação inventivamente desagradáveis ​​preenchidos com vários momentos sangrentos de cair o queixo, e já começa fazendo a sala inteira de qualquer cinema cair na gargalhada com cenas pitorescas e até inacreditáveis de alguns vilões do grupo.


Sendo assim, sim, o filme é bastante divertido. Mas "O Esquadrão Suicida" está longe de ser uma corrente de piadas autoconscientes no estilo de Joss Whedon, outro diretor que cruzou entre DC e MCU e cujo tom jocoso em filmes como Vingadores: Idade de Ultron e Liga da Justiça caiu no desgosto dos fãs.



Em contraste, o senso de humor negro emana de uma base séria e até raivosa. Este irreverente filme de super vilões aborda temas muito grandes e sérios, claramente se enfurecendo contra o imperialismo ocidental, explorando a política externa americana e o engano do governo, uma vez que aborda em forma de crítica, assuntos sérios como a interferência dos EUA em países estrangeiros. Representando esse mal burocrático assustador, Amanda Waller emerge talvez como a vilã mais odiosa do universo DC - certamente a mais fria.


Neste mundo, Gunn encontra simpatia pelos demônios, convidando os espectadores a sentir compaixão e empatia até pelos maiores monstros furiosos e pelos personagens de quadrinhos mais idiotas. Os mais tolos e assustadores ainda são apenas pessoas (ou tubarões falantes ambulantes) com problemas.



Por outro lado, a personagem "Ratcatcher" muito bem interpretada por Daniela Melchior, aparece vestida de esperança e desgosto genuínos. E os poderes muito bobos do "Bolinha" são reinventados como uma espécie de terror corporal bem assustador. David Dastmalchian canaliza brilhantemente um tormento psicológico que dá peso ao seu personagem, ao mesmo tempo em que cria um non-sequitur verdadeiramente sem sentido de uma mordaça visual, é claro.



O diretor James Gunn fez realmente um ótimo trabalho neste longa, e em sua direção ele também demonstra estar extremamente interessado nas pessoas pequenas, nos coadjuvantes ao fundo. Até mesmo os figurantes mais anônimos recebem pequenos detalhes esboçados para fazê-los se sentir como uma pessoa importante na narrativa do filme, mesmo que esse detalhe seja rapidamente seguido por uma morte sangrenta e horripilante. As trilhas sonoras do filme não são tão incríveis e memoráveis quanto a playlist de Guardiões da galáxia, mas ainda assim são incríveis e bem colocadas nos momentos certos. Embora seja claramente um conserto da bagunça confusa do filme original de 2016 dirigido por David Ayer, essa sequência está longe de ser uma resposta ou rejeião. A versão 2.0 destaca os pontos fracos do primeiro filme (que aliás ganhou um Oscar), mas também faz sentido.



Assistir a versão de Gunn nos faz olhar para trás no original e pensar: Ohhhh, então era isso que eles estavam tentando fazer. E sim, deu muito certo! Elementos exagerados de comédia, violência extrema, palavrões, piadas sujas e um tubarão falante, fez "O Esquadrão Suicida" que a gente tanto quiz ver nas telas dos cinemas!


O Esquadrão Suicida é demente, delicioso, sincero e terrivelmente hilário.




Siga nossas redes sociais e inscreva-se em nosso Canal no Youtube!

Twitter: @realcanalbang

Instagram: @canalbangoriginal

0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page