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Malévola: Dona do Mal | Crítica

Se ignorarmos alguns filmes lançados entre 1994 e 2010, podemos dizer que Malévola, de 2014, foi o grande responsável pela onda de live-actions que a Disney decidiu investir nos últimos anos, já que fez bastante, provando que é possível fazer bastante dinheiro com esse mercado. E, logicamente, como o resultado do primeiro filme e uma série de outros longas em live-action faturando alto em cima de personagens clássicos, uma continuação aconteceria. E agora estamos aqui, em 2019, com Malévola: Dona do Mal, uma sequência que consegue superar seu antecessor em alguns aspectos, mas continua deixando a desejar em outros.


Confesso que gostaria de vê-la com mais "sangue nos olhos".

Uma coisa que o primeiro filme fez foi se vender errado com o seu trailer, que trazia uma imagem de uma Malévola realmente má e sínica, passando um clima de obscuridade. Mas em Dona do Mal, isso não foi exatamente um problema, com o filme entregando quase tudo o que foi mostrado em seu trailer. Porém, o ponto que ainda continuou faltando foi justamente o que se espera de Malévola: maldade.


Logicamente, é de se esperar uma personagem mais “boazinha”, já que ela foi transformada em uma heroína. Mas, mesmo assim, ainda se espera dela mais malícia e alguns traços de maldade, que até chegam a aparecer, mas ficam muito aquém do que o esperado, deixando o espectador com uma impressão constante de que ela irá explodir a qualquer momento – o que não acontece.


Harris Dickinson e Elle Fanning estão em atuações mornas aqui.

O filme começa bem, apresentando a Rainha Aurora (Elle Fanning) ficando noiva de príncipe Philip (Harris Dickinson), e tendo que lidar com o fato de que tem que contar esta novidade a uma mal-humorada Malévola (Angelina Jolie). Mas aí começa um dos problemas do filme, que já vai dando a Malévola tons de comédia sua falta de tato para a situação. E isso, nem o alívio cômico oficial do filme, seu leal servo Diaval (Sam Riley) consegue salvar. Aliás, valem a pena os momentos de interação entre Diaval e Malévola – quando deixam as piadas para Diaval.


Agora, chego o momento de quem rouba as cenas no filme! Sem desmerecer o trabalho de Angelina Jolie – até acho que a atriz faz uma diferença extremamente positiva no papel –, mas Michelle Pfeiffer, que faz a Rainha Ingrith (mãe de Philip), dá um verdadeiro show, pegando os holofotes para si e mostrando muita coisa que seria de se esperar da Malévola. Em muitos momentos do filme, o espectador nota claramente aquele olhar sínico camuflado com um sorriso, algo que se espera das vilãs da Disney.


por favor, alguém dê uma coroa de verdade para Michelle Pfeiffer! Ela rouba a cena!

Outro ponto positivo para o filme é a luta pela superação das diferenças e aceitação delas. Uma grande sequência de guerra, muito bem elaborada e produzida, deixa clara a ideia de que o filme quer provocar uma sensação de grandiosidade em tela – algo que realmente acontece, mas isso também traz um ponto negativo, pois tudo termina sendo muito previsível.


O filme realmente possui muitos problemas, muito com seu roteiro, mas consegue se segurar, em parte, no seu elenco. Porém, ele ainda não é o suficiente para salvá-lo como um todo. Uma coisa que fica clara com seu roteiro é a tentativa de replicar uma fórmula quase que idêntica a do primeiro filme, cometendo quase todos os mesmos erros.


Um daqueles momentos que você quer ver Malévola chutando o balde e sendo má. Mas fica no quase lá, novamente.

Malévola: Dona do Mal deixa uma sensação de que ele não era necessário, mesmo dando continuidade com uma história completamente inédita, expandindo o original, mas que carece de mais acertos para ser uma continuação realmente relevante, caso estejam tentando criar um universo ainda maior para Malévola. Por mais que ele traga algumas facetas do homem – e da própria Malévola – que condizem com o que se espera, ainda falta muitos detalhes para chegar realmente onde se era imaginado. Porém, como uma experiência de cinema, com efeitos belíssimos, e a sensacional atuação da eterna Mulher-Gato, Michelle Pfeiffer, o filme ainda é uma boa experiência.



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