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Invocação do Mal 4: O Último Ritual | Crítica sem spoilers

  • Foto do escritor: T.J. Nunes
    T.J. Nunes
  • 5 de set.
  • 3 min de leitura
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A história do casal Warren volta aos cinemas em Invocação do Mal 4: O Último Ritual, lançado em 04 de setembro de 2025. Vale a menção: eu não costumo gostar de filmes de terror. Ainda assim, depois de ouvir bons comentários sobre A Hora do Mal (Weapons, em inglês), e também sobre Until Dawn: Noite de Terror, ambos lançados neste mesmo ano, comecei a encarar o gênero com outros olhos. Mas por que estou falando de outros filmes e não deste? Porque, sinceramente, depois de sair de sessões recentes de bons títulos, é revoltante encarar algo tão inferior em praticamente todos os quesitos, inclusive em comparação a obras lançadas neste mesmo ano.


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Se o terror aqui se resume a sustos esporádicos, lamento informar: em termos de roteiro, o medo é ineficiente. A sensação de perigo é pífia, em certo momento, percebe-se que todo o pavor exibido pelos personagens é artificial, já que o roteiro sempre arranja uma desculpa conveniente para salvá-los. O filme tem longínquas 2 horas e 15 minutos e, para ser bem honesto, a barriga dessa história só não é maior que a vontade de tirar um cochilo durante esse lero-lero interminável. Facilmente poderiam cortar meia hora, amarrar os principais pontos, desenvolver personagens de forma decente e chegar a um clímax mais satisfatório. Dá para ver que havia material para um bom filme, mas Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick não souberam acertar a mão.


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Na metade da sessão, cheguei a pensar se não estava interpretando errado: será que era um terror com toques de comédia? Mas não. O filme realmente quer ser levado a sério, e esse é justamente seu maior problema. O inimigo principal, por exemplo, é um demônio que se manifesta como uma idosa sorridente acinzentada. Sério? Confesso que até gosto de monstros mais bizarros, mas aqui fica difícil levar a sério, muito menos sentir medo. Para piorar, há cenas como a da Annabelle numa cadeira de balanço que beiram o cômico. E quando tenta apostar no susto, o recurso é sempre o mesmo, um jumpscare previsível potencializado pelo áudio no último volume, aquele truque barato que mais irrita do que assusta. O monstro de Lights Out faz algo parecido com jumpscares, mas de fato consegue assustar. Já aqui, o máximo que temos são diálogos pobres, atuações que mal chegam à mediocridade e personagens sem qualquer profundidade.


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Essa superficialidade fica ainda mais gritante quando lembramos de outros filmes do gênero, como Premonição 6 (que inclusive já comentei aqui). Lá, mesmo personagens destinados a virar “carne de moedor” recebem uma construção suficiente para gerar empatia em algum nível. Já em Invocação do Mal 4, acompanhamos uma família que não precisaria ser o grande centro emocional da trama, afinal, é uma história dos Warren, mas cujos conflitos nunca são explorados. Parece que o único problema deles é o fantasma, e só. É uma pena, porque gosto bastante de Patrick Wilson e até simpatizo com Ben Hardy, mas aqui suas presenças se perdem em um mar de diálogos sem inspiração e de uma direção incapaz de extrair qualquer nuance. O elenco inteiro parece refém de um roteiro preguiçoso.


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Como disse no início, não sou fã do gênero, muito menos de Invocação do Mal, e talvez quem acompanha a franquia encontre qualidades que eu não vi. Mas, para mim, Invocação do Mal 4 é uma experiência péssima. A única coisa que esse filme conseguiu invocar foi a minha vontade de tirar um cochilo.


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