Truque De Mestre - O 3º Ato | Crítica sem spoilers
- T.J. Nunes

- há 1 hora
- 3 min de leitura

Truque De Mestre - O 3º Ato chega aos cinemas brasileiros. Esse é o terceiro filme da franquia e, para ser bem sincero, era um filme que o público realmente pedia. Na verdade, posso dizer até mais: era uma franquia que talvez pudesse até virar série, mas vamos manter o foco. Truque De Mestre - O 3º Ato é de fato uma sequência que se passa um bom tempo após o segundo filme. O irônico é que ele não faz o menor esforço para mostrar que quer levar adiante o elenco anterior, pelo menos é o que dá a entender. Enfim, vamos para a crítica.

Eu gosto bastante desses filmes de mágica mirabolante, principalmente quando unem truques com aquele clima de Prenda-me se for capaz, mas devo admitir que é escancarado o quanto este terceiro longa tenta seguir a linha do primeiro. E falha em praticamente tudo. O primeiro filme, apesar de toda a loucura do ilusionismo e da apresentação dos Quatro Cavaleiros, é extremamente divertido. Pode até ter seus defeitos, mas entrega personagens carismáticos e uma trama suficientemente convincente, mesmo forçando um pouco a barra. Já o segundo é o menos interessante, mas ainda tem seus momentos. Até por isso eu pensava que a franquia poderia funcionar melhor como série.

O problema é que Truque De Mestre - O 3º Ato não traz nada de novo. Pelo contrário, parece ignorar completamente o segundo filme e reciclar tudo que funcionou no primeiro, só que com menos impacto e zero surpresa. A sensação é de repetição. E, sinceramente, nem o segundo conseguiu ser tão monótono.

Desta vez, a história apresenta novos rostos, como Justice Smith como Charlie, Dominic Sessa como Bosco, Ariana Greenblatt como June e Rosamund Pike como Veronika Vanderberg, enquanto o restante do elenco retorna dos filmes anteriores, Jesse Eisenberg como J. Daniel Atlas, Woody Harrelson como Merritt McKinney, Isla Fisher como Henley Reeves, Dave Franco como Jack Wilder, Mark Ruffalo como Dylan Rhodes, Morgan Freeman como Thaddeus Bradley e Lizzy Caplan como Lula May. O elenco é talentoso, mas o filme não parece saber o que fazer com eles. Há uma necessidade constante de mostrar que esta é uma nova geração, mas nada é desenvolvido de verdade. As falas soam óbvias, cada personagem tentando provar que é o mais esperto da sala, sem a mesma competição divertida que existia entre os Cavaleiros no primeiro filme. Tudo parece um grande desfile de ego, mascarando a simplicidade da história.

Os efeitos continuam sendo o ponto alto. Visualmente, a mágica funciona muito bem. Ver o truque acontecer e, logo depois, receber algumas pistas de como ele foi realizado é divertido, mesmo que pouco crível. É o tipo de espetáculo que funciona tanto para o público dentro do filme quanto para quem assiste no cinema.

No fim das contas, Truque De Mestre - O 3º Ato tenta subir ao palco com a confiança de quem está prestes a revelar algo grandioso, mas o truque evapora antes mesmo do coelho aparecer. Ele veste a fantasia de filme esperto, cheio de reviravoltas e engenhosidade, mas não passa de um número reciclado tentando parecer novo. Quando o espetáculo termina, sobra apenas aquela sensação teimosa de déjà vu e a certeza de que o primeiro filme continua carregando toda a magia que este apenas imita. O verdadeiro truque aqui é fazer você acreditar que há complexidade onde só existe repetição.


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