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Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo | Crítica sem Spoilers

Multiverso da Marvel? Pense novamente!

O multiverso está em alta no momento. É difícil não colocar Doutor Estranho no Multiverso da Loucura da Marvel nessa balança, mas com Tudo em Todos os Lugares ao mesmo tempo, um filme baseado no mesmo conceito de realidades paralelas, mas feito com uma fração do orçamento, e se prova um filme superior, genial porém mais arriscado.


De qualquer forma, A24 mostrou a Marvel como se faz. Enquanto os executivos do grande estúdio se amontoam em mesas de conferência, entrelaçando franquias cheio de ideias corporativas, aqui está um filme que realmente entende como o infinito pode ser.


Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo conta a história de Evelyn Wang (Michelle Yeoh), uma senhora imigrante chinesa que é co-proprietária de uma lavanderia com seu marido Waymond (Ke Huy Quan). No início do filme, a vida de Evelyn é uma bagunça estática e estressante, causada por um arrependimento amargo e mundano. Seu marido, que a ama muito, mas sente que não tem outro recurso diante de sua apatia, está pedindo o divórcio; sua filha Joy (Stephanie Hsu), cuja sexualidade Evelyn tem dificuldade em aceitar, e tem inseguranças com as quais Evelyn está lamentavelmente despreparada para lidar.



Além disso, seu pai desaprovador Gong-Gong (James Hong), que praticamente a deserdou por se casar com Waymond e é a fonte do trauma Inter geracional que é o coração do filme, a está visitando da China.



Acima de tudo isso, ela também está sendo auditada pelo governo americano. As coisas vão de estressantes a surreais quando, ao lidar com uma odiosa auditora interpretado por Jamie Lee Curtis.



Uma versão de Waymond de outra realidade aparece e arrasta Evelyn para uma aventura bizarra na qual o destino do multiverso está em jogo e só ela pode salva-lo.


Como você deve ter adivinhado pelo nome do filme, o longa contém um pequeno universo próprio, e esse real de personagens móveis, todas bem feitas e merecem elogios. Todos os atores e atrizes trazem seu melhor enquanto interpretam uma infinidade de versões alternativas de si mesmos em várias realidades malucas, como aquela em que a humanidade evoluiu para ter salsichas como os dedos que esguicham condimentos quando excitados.



Em seu núcleo, porém, está Yeoh. Ela é focada e versátil neste filme, e sou grato por ela ter tido a capacidade de colocar sua proeza de atuação sem se segurar. Suas habilidades em artes marciais, seu timing cômico perfeito e sua capacidade perfeita de transmitir toda a gama de emoções humanas com as ações mais minuciosas são uma alegria de assistir enquanto ela se transforma em uma uma chef hibachi de classe mundial, uma estrela de cinema, uma cantora de ópera cega, uma dominatrix e muito, mas muito mais.



É tão atraente que você quase não quer ver a ficção científica se intrometendo no meio. Mas quando isso acontece, é tão espetacular, o eu de Waymond 'Alphaverse' abrindo a mente de Evelyn para universos alternativos nos quais ela é tudo o que ela sempre quis ser.


Com o mal multiversal Jobu Tupaki (“um agente do puro caos”) ameaçando acabar com tudo, cabe a Evelyn entrar a bordo desses multiversos jumps em seus outros caminhos de vida e usar essas habilidades para revidar. O que se segue são brigas de artes marciais pulsantes para rivalizar com Matrix e a Invasão ao prédio de Gareth Edwars, expedições alucinantes em dimensões alternativas bizarras e referencias deliciosamente malucas em tudo, desde 2001: Uma Odisseia no Espaço e Ratatouille, vai entender, certo?



Em sua segunda metade mais existencial, o filme puxa profundamente esses fios familiares, defendendo a alegria e a conectividade como forças necessárias para combater o niilismo (que na opinião deste crítico não parecia ser ruim).


A magia de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo está em seu título, nele, você encontrará todos os gêneros, experimentará todas as emoções. É um reflexo e um oásis da incessante super estimulação da vida do século XXI.


Tantos filmes entrariam em colapso sob esse tipo de pressão. Nosso longa jamais. É estrondosamente cinematográfico, revelando a simplicidade das ferramentas mais básicas do cinema, ao mesmo tempo em que as utiliza em seu potencial máximo. E é brilhantemente executado, Stephanie Hsu é reveladora como a multifacetada Joy Quan que está surpreendente bem em seu retorno cinematográfico, uma mestre de ação que fará você ficar na ponta dos acentos.




Porém Yeoh é sempre o destque, aproveitando todas as habilidades de todos os papéis que ela já interpretou para dar vida às muitas vidas de Evelyn.


Este é um filme que fara você repensar sobre tudo o que normal e aceitável em Hollywood, em cenas que beiram o besteirol e o ridículo, mas escrito de forma primorosa que você aceita nesta viagem que é Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, que pontua o amor incondicional e aceitação.


É o filme de maior coração que você pode imaginar, que também apresenta alguém sendo espancado até a morte com dois enormes vibradores flexíveis. Você vai se surpreender com a as cenas de lutas e coisas que você normalmente viraria o rosto ou desaprovaria.


Você vai imergir em um mundo totalmente louco, porém lógico para a narrativa.


PS: Você nunca vai olhar para uma rosquinha da mesma maneira.


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