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A Morte do Demônio: A Ascenção - Crítica sem Spoilers

Um novo capítulo da série sanguenta de Sam Raimi oferece uma violência impressionante desagradável, mas tenta as vezes se levar a sério demais.

Em termos do fator susto, o mais novo filme A Morte do Demônio pode variar em comparação com os outros filmes anteriores. Este spinoff da franquia icônica de Sam Raimi mantém a loucura dos filmes Evil Dead originais de Sam Raimi dos anos 1980, mas a brutalidade se encaixa em algum lugar entre o remake de Fede Álvarez de 2013 e a comédia pesada de Raimi, Evil Dead 2 (Uma Noite Alucinante 2 no Brasil). As mortes são absolutamente brutais e sanguinárias, a ênfase no perigo real as crianças dá à o terror uma nova abordagem, e o tom é geralmente sombrio e cruel.

E, no entanto, ainda encontra momentos cômicos. Embora esteja longe de ser uma comédia, há algumas risadas em A Morte do Demônio: A Ascenção, como uma piada sobre um globo ocular sendo arrancado e caindo na boca de alguém. O roteirista e diretor Lee Cronin tem um controle total na escala entre assustador e cômico atendendo a ambos sem prejudicar nenhum deles. Este é um filme melhor compreendido pelo público amante do terror que leva o horror macabro junto com as cenas cômicas, que grita e aplaude junto com a ação.

Uma grande parte do motivo pelo qual a abordagem horrível mais direta deste filme funciona é a mudança de fórmula. Em vez de centrar-se nas vítimas em uma cabana na floresta, ele se move para a cidade grande, onde segue uma família sendo atormentada por Deadites, os principais antagonistas dos filmes Evil Dead. Não há exército de mortos-vivos aqui: como o original de 1981, este filme opera em uma escala menor - neste caso, um Deadite. Parece mais uma história de possessão que os espectadores modernos estão mais acostumados.

O papel do vilão recai sobre Alyssa Sutherland como Ellie, uma mãe de três filhos que acaba sendo possuída depois que um de seus filhos, encontra o livro dos Mortos. Logo, ela se volta contra suas próprios crias, tentando assassiná-los horrivelmente da pior maneira possível, usando todas as ferramentas da casa. (Um ralador de queijo que brilha em uma cena.)

Do outro lado está Beth, Lily Sullivan, irmã de Ellie, que volta para casa quando enlouquece com um inesperado teste de gravidez. Uma vez no apartamento, ela é forçada a lutar contra sua própria irmã enquanto todos em sua família se voltam uns contra os outros. Sullivan é fantástica, segurando o longa como uma forte protagonista, claro não chegando perto de Ash de Bruce Campbell, com sua frases de efeito e sua abordagem menos séria como toda a situação ao seu redor, com Cronin dando a ela profundidade através de dicas de traumas do passado que tornam o personagem mais pés no chão (inclusive com a serra-elétrica como referência ao próprio Ash) mas sem tirar a diversão de um filme Evil Dead.

Isso não é “horror cabeça”, não espere um filme de terror estilo A24 sobre a exploração do luto – mas o aspecto familiar cria uma dinâmica com emoções mais pesadas que conectam os espectadores aos personagens enquanto ainda priorizam as surpresas grotescas.


Uma vez que Ellie é possuída, o filme engata de vez e sai totalmente dos trilhos da melhor maneira. Ellie imediatamente se volta contra sua família, ameaçando, assustando e caçando-os, mas também os insultando. Ao mesmo tempo, até a Deadite Ellie ainda ama seus filhos e frequentemente implora para ser impedida.

A Morte do Demônio: A Ascenção é um filme feito por malucos para malucos. É uma atualização fantástica para a franquia icônica, o humor aida esta lá, mas trazendo o gosto de Álvarez pelo gore perturbador. A mudança revigorante no cenário e no elenco, além do desempenho extraordinário de Sutherland, prova que essa franquia de mortos-vivos ainda tem muito folego pela frente.

Após quase uma hora e meia de loucura, o filme parece que acabou quase assim como começou. É um filme de integração perfeito para um público mais novo que nunca viu um filme Evil Dead, mas para os fãs de longa data, ele dá um novo ar a uma franquia clássica de comédia de terror, misturando a abordagem da velha escola de Raimi com a nova escola de horror mais densa e séria. Isso prova que ainda há muito o que pintar de sangue em futuras sequencias.



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