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Viúva Negra | Crítica (sem spoiler)

Atualizado: 16 de jul. de 2021

O filme segue exatamente o estilo Viúva Negra. É isto!


Prejudicado pelos diversos adiamentos em decorrência à essa maldita pandemia, o filme finalmente pôde estrear, mas a essa altura já estreou com o maior problema que um filme pode ter: "As altas expectativas do público". Como já acontece com outras produções, especialmente aquelas inclusas na proposta de um universo compartilhado, Viúva Negra acabou dividindo opiniões e até recebendo fortes críticas por não fazer nada mais nada menos do que entregar um bom filme de ação e espionagem (cá entre nós, nem todos os filmes precisam ter enormes ameaças cósmicas para serem bons filmes).



Não me entendam mal, não estou dizendo que essa é a melhor produção Marvel já feita, e talvez seja realmente pouco para a despedida que Natasha Romanoff merece. O filme soa mais como a sequência de uma trilogia que nunca tivemos do que como a "despedida" que a personagem precisava ou a "história de origem" que muitos esperavam, já que, apesar de explorar um pouco do passado de Natasha, o filme não faz mais do que levantar certos pontos que provavelmente não serão aprofundados.


Apesar de tudo, o filme entrega uma fórmula infalível e ainda chega a surpreender pela forma crua de violência mais gratuita e exposta do que outras produções anteriores do Studio. Quase inteiramente frenético o filme não se torna maçante em momento algum, mal nos dando pausas para recuperação enquanto passa por todas as emoções possíveis, desde a facada no coração gerada pela relação entre a personagem de Scarlett Johansson com Yellena Belova de Florence Pugh até uma perseguição repentina e cheia de adrenalina.


Por falar em Yellena, temos aí, na minha opinião, o ponto alto do filme. A introdução de Yellena é o que realmente nos localiza na fase 4 da Marvel, sendo ela a protagonista da cena pós crédito do filme e provavelmente a nossa próxima Viúva Negra. O trabalho de Pugh aqui em conjunto com a diretora Cate Shortland é sensacional, nos trazendo não uma cópia de Natasha Romanoff, mas uma personagem com uma personalidade própria, marcante e de um humor sarcástico que nos conquista facilmente.



Além de Johansson e Pugh, também vemos no filme Rachel Weisz como Melina, a "mãe" e David Harbour como Guardião Vermelho e "pai" de Natasha e Yellena, que acabam entregando bem menos do que prometido, servindo bem mais como um alívio cômico cheio de clichês (especialmente no caso de Harbour) do que como algo realmente relevante na trama. Apesar disso, um bom ponto da utilização da comédia nesse filme é que, diferente de em outras produções Marvel, ela não aparece saturando o filme ou arrancando o estilo clássico da personagem principal somente para criar algo louco.



Com uma vilania interessante, mas um rival de luta um tanto robótico, o filme devia ter aproveitado melhor do exércitos de Viúvas Negras que poderiam ter dado MUITO mais trabalho para a nossa querida protagonista que aqui apresenta um pouco da sensibilidade e cansaço já vistos em Vingadores Ultimato. Mesmo assim, o filme nos mostra uma irmandade e senso de empatia interessante entre as Viúvas que também merecia ter sido mais trabalhado no filme.



Viúva Negra pode não ter sido a despedida merecida da nossa amada Romanoff e talvez mal se enquadre na fase quatro, tendo um estilo muito mais parecido com Capitão América 2, mas ainda assim é um bom filme que já deviamos ter em mãos há muito tempo, e que nos deixa um sentimento agridoce por nos lembar que não teremos mais Johansson como a nossa Viúva Negra.






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