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Space Jam Um novo legado – Uma Ode à nostalgia oitentista (Crítca)


Space Jam, a tão esperada continuação do clássico de sessão da tarde finalmente chega aos cinemas com grandes promessas, mas será que o filme é um arremesso de 3 pontos ou apenas uma bola fora?


O Filme começa introduzindo a infância do astro do filme, Lebron James, e faz uma alusão ao quão difícil foi o início de carreira para aquele jovem pobre que tinha apenas um sonho de se tornar um grande astro das quadras. Logo na primeira cena vemos a primeira de muitas referencias aos anos oitenta e noventa, pois temos em cena um Nintendo Gameboy Clássico com o jogo dos Looney Tunes nas mãos do Jovem Lebron que mal começa a jogar o portátil quando é interrompido por um discurso clichê do treinador do time de basquete juvenil sem muita inovação.

Partimos então em uma viagem pela carreira de Lebron desde seu destaque no basquete universitário, seu primeiro draft da NBA e consequente contrato com o Cleveland Cavalliers até os tempos atuais onde atua no Los Angeles Lakers. Podemos observar um Lebron mais velho e tentando ensinar o que sabe aos filhos, mas o mais jovem parece pouco se interessar pelo basquetebol e tem seus olhos voltados para jogos eletrônicos.


Infelizmente o filme recai na mesma formula do primeiro, o que o torna, na verdade, uma falsa tentativa de apresentar o filme original para uma audiência mais nova, mas o tiro saiu pela culatra, e ao fazer essa tentativa na verdade acaba agradando muito mais aos velhos fãs que os novos com suas diversas referencias que provavelmente quem nasceu nos anos 2000 não vai entender.


O que falar das referencias desse filme? Bom, ele talvez consiga rivalizar com o filme com maior numero de referencias por quadro por segundo da história, O Jogador número 1, essas vão desde desenhos clássicos da Hanna-Barbera dentre eles herculóides, Flintstones, Jetsons e tantos outros até as grandes franquias da Warner Bros. como Matrix e Harry Potter. Tudo isso fica bastante jogado na cara de uma forma pouco criativa e demonstrado a fragilidade do roteiro.


Space Jam, nem muito Space e tão pouco jam. Space Jam apresenta um vilão cibernético interpretado por Don Cheadle que inclusive entrega uma ótima interpretação que em comparação aos outros atores parece até digna de Oscar, pois destoa demais a qualidade da interpretação de um ator de carreira com novatos e esportistas que desejam foram convocados para atuar, mas essa fraqueza nas interpretações abre um espaço absurdo que é preenchido pelo excelente trabalho de voz dos dubladores dos Looney Tunes que inclusive merecem um paragrafo só deles.

Loony Tunes vão ao resgate do filme e conseguem de maneira competente elevar o filme na sua qualidade já que os muitos 'apesares' do filme aparecem rapidamente (apensar de um roteiro fraco, apesar de atores de primeira viagem, apesar de não ter referencia alguma ao primeiro, enfim acho que você leitor entendeu meu ponto) tudo fica melhor quando os Looney estão e cena, inclusive a profundidade do filme, a maestria dos efeitos sonoros e da dublagem nos levam de volta aos anos oitenta quando o contato com esse material da Warner era comum e devo dizer que é uma viagem muito gostosa pela nostalgia que arrancou diversos sorrisos deste que vos fala. Felizmente não é só de nostalgia que o filme alicerça seus pontos fortes, pois fica muito evidente o incrivelmente competente trabalho de efeitos visuais utilizados no filme desde a cartonização de Lebron até o trazer os Looney Tunes para uma certa “realidade” em 3d e esse é um dos pontos altos do filme já que é um verdadeiro deleite assistir esses momentos durante o longa.


Nem tudo são flores ou seriam cenouras? Nosso clássico Pernalonga faz um esforço tremendo para tomar as rédeas do protagonismo do filme e infelizmente é podado por um roteiro mal construído, recheado de clichês e Deus Ex Machina (ferramenta de roteiro ruins para resolver problemas de forma mágica). Realmente uma desaponta e muito o roteiro que sequer faz jus ao nome do filme Space Jam, já que diferente do primeiro os inimigos não são do espaço e nem ameaçam invadir a terra tornando a ligação entre os filmes baseada apenas no basquete e nos Looney Tunes.



Nem o Jam escapa infelizmente, Jam é uma gíria americana para ritmo o que o primeiro filme trazia muito bem e trouxe para o mundo uma trilha sonora muito boa e uma música tema que se tornou um clássico dos anos 90, mas na nova versão infelizmente não temos a mesma maestria. Músicas as vezes até mal colocadas e a falta de um grande hit autoral faz com que a melhor parte do filme em relação a música sejam as referência feita ao Mc Hammer (famoso músico que emplacou sucessos na década de 90) uma verdadeira pena, já que nesse ponto o potencial do filme era incrível.

A direção do filme em geral poderia ser melhor já que foram três diretores que fizeram apenas o básico nessa obra sem ousar em quase nada e o grande destaque fica para a direção de animação e das dublagens.


Sem mais delongas Space Jam – Um Novo Legado é uma boa viagem nostálgica, mas não vai muito além disso e para você leitor que espera um clássico do cinema vá com calma, já que no máximo esse filme se tornará um clássico de sessão da tarde. Aos amigos oitentistas e noventistas vocês provavelmente vão gostar mais do filme que a os mais novos, uma dica levem seus cadernos de anotações para as referências, já vocês leitores mais novos peço que vão assistir de coração aberto e aproveitem essa “apresentação” de grandes clássicos do cinema e das telas das tvs. Minha nota para o filme é Bangs para Space Jam – O Novo Legado e quem sabe daqui a 25 anos tenhamos outra sequência que empolgue mais.






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