Ruídos | Crítica sem Spoilers
- Bruno Almeida
- há 1 dia
- 2 min de leitura

O cinema sul-coreano é um dos berços dos melhores filmes de terror já feitos, conhecido por obras que misturam horror psicológico, críticas sociais e tensões bem construídas.
Ruídos surge com uma ideia promissora nesse contexto: acompanha uma mulher com uma deficiência auditiva que se vê perseguida por sons relacionados ao desaparecimento de sua irmã e à presença de algo sobrenatural, levando-a a um segredo obscuro e à revelação de uma entidade misteriosa. O filme tenta explorar o terror tradicional, através do som e do isolamento, mas infelizmente falha miseravelmente na execução, transformando um conceito interessante em um filme inconsistente e previsível.

O desenvolvimento do filme evidencia seus principais fraquezas. O roteiro recorre a conveniências e soluções fáceis, acumulando subtramas que não se resolvem e mistérios que se tornam óbvios muito antes do suposto climax. As atuações, sem brilho e sem profundidade, não conseguem transmitir medo ou empatia, tornando os personagens sem alma.
Tecnicamente, o design de som e a fotografia até têm potencial, mas o barulho constante e a montagem irregular não conseguem criar uma atmosfera verdadeiramente claustrofóbica, deixando o espectador fora da tensão que o filme pretende provocar.

No fim das contas, Ruídos se perde em sua própria ambição, com um desfecho previsível que desaponta e confirma a sensação de uma oportunidade desperdiçada. Apesar da ideia central ser inovadora e do contexto do cinema sul-coreano sugerir o mal-estar e suspense, o filme não consegue transformar a expectativa em impacto real.
Ruídos é um daqueles filmes que em roteiro parece ser cheio de boas intenções, mas que mostra que isso não basta quando a execução é falha.


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