Quarteto Fantástico: Primeiros Passos | Crítica Sem Spoilers

Sammy Liuara
24 de jul.
3 min de leitura

Quarteto Fantástico: Primeiros passos veio pra mostrar que a Marvel ainda consegue fazer algo com qualidade, agradar o público e entregar exatamente aquilo que os fãs almejavam.

O filme é dirigido por Matt Shakman, conhecido por seu trabalho em WandaVision. Pedro Pascal assume o papel de Reed Richards, Vanessa Kirby interpreta Sue Storm, Joseph Quinn como Tocha Humana, enquanto Ebon Moss-Bachrach dá vida a Ben Grimm, o Coisa.

O filme começa de forma objetiva, sem perder tempo com explicações desnecessárias. A introdução serve para contextualizar o público sobre quem são os integrantes, sua dinâmica em equipe e como eles se relacionam com a população. É rápido e cumpre bem o papel de apresenta-los, sem roubar o foco da trama principal.

Um das coisas mais marcantes do filme é a sua ambientação. A Marvel entrega um tom completamente diferente do que já vimos nos filmes anteriores. Essa escolha não é apenas algo visual, ela consegue influenciar a narrativa, a trilha sonora e até o comportamento dos personagens, criando uma atmosfera única que se destaca dentro do MCU.

Outro ponto super incrível é a forma como os poderes da equipe são explorados, a sensação que dar é que sempre vimos o básico dos poderes de todos ali em outras versões do filme. Tudo isso reforça a ideia de que estamos diante de uma versão mais ousada e criativa do Quarteto Fantástico, comparado as outras versões já feitas.

Quando falamos de vilões no MCU, nem sempre eles recebem a grandiosidade que merecem. Com Galactus foi diferente. O filme consegue entregar uma das representações mais incríveis já feitas pela Marvel nos cinemas. Cada aparição do vilão é carregada de tensão e expectativa, prendendo a atenção do público e deixando a sensação de que algo gigante está prestes a acontecer. O CGI nem se fala, simplesmente ótimo. Essa versão do vilão é assustadora e espetacular.

Muito se falou antes da estreia sobre a escolha da Surfista Prateada ser uma personagem feminina, algo que gerou debates na internet e comentários desnecessários. No entanto, fica claro durante o filme que essa mudança não impacta em nada a história. A personagem, independentemente de gênero, cumpre um papel secundário e poderia facilmente passar despercebida. Para quem estava esperando um grande destaque, não se anime muito.

Um dos pontos altos do filme é como ele trabalha a dinâmica familiar do Quarteto Fantástico. Tudo é mostrado de maneira leve, sem exageros, reforçando a ideia de que eles não são apenas heróis, mas uma verdadeira família que enfrenta desafios juntos. Johnny Storm (Joseph Quinn) continua sendo o alívio cômico que os fãs conhecem, mas isso é feito com equilíbrio, as piadas não são forçadas e surgem de maneira natural, trazendo leveza às cenas.

Como uma equipe, eles são impecáveis, algo que já era de se esperar. Mas vale ressaltar que Sue Storm (Vanessa Kirby) acaba ganhando um certo protagonismo na trama. É impossível explicar sem entregar spoilers, mas basta dizer que ela assume um papel crucial. Ainda assim, cada personagem tem seu momento para brilhar, mostrando que todos são peças essenciais para o desenrolar da história.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é um filme bom, bem feito e visualmente apaixonante. Para os fãs de longa data, a experiência é ainda mais gratificante, tudo é extremamente fiel aos quadrinhos, de certa forma é algo que consegue trazer um certo alívio depois de uma fase em que a Marvel cometeu erros consideráveis.

O filme poderia mudar em apenas um único aspecto, poderia ter sido um pouco mais longo, talvez com um final um pouco tenso. Teria feito uma grande diferença.

Ainda assim, o arco do vilão é impecável do início ao fim. Esse é o tipo de filme que devolve a animação dos fãs em relação a Marvel e é uma obra que honra uma das equipes mais queridas já vistas. Com certeza abre espaço para um futuro promissor.

Que época incrível para ser fã de filmes de super heróis!!