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Mickey 17 | Crítica sem spoilers

  • Foto do escritor: Bruno Almeida
    Bruno Almeida
  • 7 de mar.
  • 2 min de leitura
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Mickey 17, dirigido por Bong Joon-ho e baseado no romance Mickey7 de Edward Ashton, é uma obra que combina ficção científica com o humor ácido que já é assinatura do cineasta. O longa nos apresenta a Mickey Barnes (Robert Pattinson), um "descartável" em uma missão de colonização em planeta distante, cuja função é enfrentar tarefas letais, sendo "reimpresso" após cada morte.

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Pattinson entrega uma atuação excepcional, oferecendo profundidade e humanidade a Mickey. Sua interpretação captura a essência de um homem preso em um ciclo interminável de vida e morte, equilibrando vulnerabilidade e resiliência de maneira espetacular, ouso dizer que é sua melhor performance até hoje.

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O filme provoca reflexões sobre a ética da clonagem e a desvalorização da vida do individuo e tabus religiosos. A existência de múltiplos Mickeys levanta questões sobre identidade e o valor da consciência, desafiando nossa compreensão do que significa ser humano.


Bong Joon-ho utiliza seu humor ácido para criticar estruturas de poder e a desumanização no trabalho. Personagens como Kenneth Marshall (Mark Ruffalo), líder narcisista da missão, e Ylfa (Toni Collette), obcecada por status, são retratados de formas exageradas, nos mostrando novamente a hipocrisia das elites.

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Visualmente, o filme impressiona ao contrastar a vastidão gelada de Niflheim com os ambientes confinados da colônia, intensificando a sensação de isolamento e repetição. A direção de arte e os efeitos visuais, são bem trabalhados, não ficando para trás de nenhum filme de grande orçamento como Star Wars e até mesmo Duna, e se integram organicamente à narrativa, colaboram para criar uma atmosfera que reflete a monotonia e o absurdo da existência de Mickey.

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O uso inteligente desses recursos não apenas reforça o impacto visual do planeta hostil Niflheim, mas também nos deixa com a sensação de normalidade ao processo de reimpressão de Mickey o que para nós acaba se tornando banal dentro da história.

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No geral, Mickey 17 é uma sátira inteligente que desafia percepções sobre identidade e moralidade, enquanto nos entretém com um humor não tão comum em filmes hollywoodianos, que em situações de até mesmo de perigo iminente, acaba funcionando de forma natural. Bong Joon-ho aqui, reafirma sua habilidade em mesclar crítica social com uma narrativa empolgante. resultando em uma experiência cinematográfica provocativa e memorável. O filme que na minha opinião já se destaca como o melhor filme do ano até agora, só poderia ser um pouco mais enxuto, algumas partes do longa são demasiadamente esticadas, mas propositalmente, mas uma das marcas da filmografia de Bong Joon-ho, mas nada que vai atrapalhar sua experiência.


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