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Jumanji: Próxima Fase | Crítica

Atualizado: 21 de jan. de 2020

Sem spoilers!

Seguindo a mesma jornada que os games que homenageia o estilo, Jumanji: Próxima Fase pode ser descrito mais como um pacote de expansão, a versão intermediária de Jumanji: Bem-Vindo à Selva com uma nova roupagem, do que exatamente uma sequência plena. É perceptível que a verdadeira continuação é adiada para um próximo longa da franquia, com este capítulo lançado apenas para manter a lembrança na memória do público, proporcionar uma discreta diversão e garantir mais um bom dinheiro nas bilheterias.

É difícil de entender como uma produção tão presente no imaginário popular e guardada com carinho como Jumanji tenha ficado tanto tempo sem ganhar novos filmes. Principalmente com a chance de Joe Johnston ter à sua disposição, por muitos anos, o eterno Robin Williams, o grande astro daquele primeiro filme que, para nós brasileiros, tem a cara da Sessão da Tarde. Trazer de volta, sem a presença de Williams, este enredo para uma nova geração poderia não funcionar, no entanto Jumanji: Bem-vindo à Selva atingiu patamares ainda maiores do que o esperado e tornou-se um dos grandes sucessos da Sony Pictures, chegando quase no sonhado bilhão.

Esta segunda sequência é mais uma vez comandada por Jake Kasdan, que novamente escolheu Alex Wolff, Morgan Turner, Ser’Darius Blain e Madison Iseman para fazer o quarteto de protagonistas formado pelo atleta, o nerd, a CDF e a popular que acabam tendo suas vidas lançadas para dentro do game de um console antigo. Se no longa de 2017, a brincadeira era ver estes estereótipos nos corpos do destemido Dr. Bravestone (Dwayne “The Rock” Johnson), da aventureira Ruby Roundhouse (Karen Gillan), do especialista em animais Franklin “Moose” Finbar (Kevin Hart) e do Professor Shelly Oberon (Jack Black), a ideia agora foi incluir na trama novos desfechos e personagens. 

O maior acerto deste novo capítulo foi a adição dos personagens de dois grandes atores veteranos, Danny Glover e Danny DeVito. A dupla, que dá vida a Milo e Eddie, respectivamente, trazem níveis inesperadas para a produção. É notável que o coração desse filme reside na forma e nos temas que ambos os personagens carregam com um rápido atrito cômico. Entretanto, isso nunca é levado muito a sério e a todo momento é percebido o carinho que possuem um pelo outro. Além disso, os diálogos discutem sutilmente a velhice e seus dilemas no mundo atual.

Ainda presente, estão algumas sequências valiosas de ação, auxiliadas pelo refinamento dos efeitos de computação gráfica. Mas quando é colocada mais de uma perspectiva em cena, o filme entrega um resultado menos coeso, mesmo apresentando ainda algumas imagens chamativas, que vendem o tom cartunesco da obra. Pena que estes trechos, considerados os melhores que a continuação ofereceu, possuam outros redundantes entre eles.

Não há muito o que comemorar, se não novamente o gosto de reviver uma boa aventura nos cinemas. Diferente de muita coisa que vem sendo feita, não há grandes pretensões de construir enormes universos cinematográficos que acabem deixando de lado que os roteiros também precisam funcionar isoladamente. Diante disso, é um filme que merece ser assistido.







Por Moezio Vasconcellos


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