Recentemente, o Voxel entrevistou os criadores do EcoLauncher, projeto que prometia ser uma espécie de Steam da Pirataria.
Para quem acompanhou o caso mais de perto, provavelmente ficou sabendo sobre seu fim: encerrado, ainda em versão beta. Segundo os próprios desenvolvedores, a empreitada recebeu muito mais atenção do que o esperado na ocasião — e, assim, precisou ter suas atividades interrompidas até segunda ordem. Nesse contexto, porém, um dos maiores lemas da cultura popular segue bastante vivo: ideias não morrem — ainda mais aquelas que pensam em uma causa maior. Seguindo este pensamento, um grupo de desenvolvedores intitulado “Los Broxas” decidiu continuar o legado deixado pela EcoLauncher, resolvendo suas falhas.
Desta vez, o novo launcher funciona independente de um servidor, sendo descentralizado e de código aberto, o tornando praticamente “inderrotável”. Apropriadamente, o grupo de desenvolvedores designou o nome Hydra para o projeto, referenciando o monstro mitológico que duplica seu número de cabeças, sempre que uma é cortada.
Antes de mais nada, vamos contextualizar os detalhes para quem ficou perdido: “Steam Verde”, como termo popular, trata-se de uma piada relacionada ao uTorrent. O cliente de torrent possui, justamente, um ícone esverdeado bastante conhecido e, por este motivo, logo foi associado à pirataria. Conforme a Steam representa a maior loja de jogos no PC, sua versão “grátis” não poderia receber outro apelido.
Eventualmente, entretanto, um site foi criado com o mesmo termo. Funcionando como um blog, o domínio essencialmente traz jogos “livres” para o público, mas conta com a presença de anúncios e leva consigo a estética “clássica” de espaços digitais como este. Por essa característica, sua proposta se popularizou entre os usuários com maior experiência, mas afastou novatos.
Após uma boa contextualização da história da internet moderna, vamos finalmente falar do Hydra, a verdadeira Steam da Pirataria. Começando pela sua origem, que também explica a queda do EcoLauncher, perguntamos aos desenvolvedores sobre a motivação para o início do projeto. Para eles, é uma questão de princípios: “acreditamos fortemente que todas as pessoas deveriam ter acesso aos jogos, independente do seu grau de familiaridade com a pirataria”.
A colocação, apesar de seu peso, é bem-intencionada. Não entraremos nos detalhes específicos sobre a legalidade do projeto no Brasil, algo já explorado na reportagem sobre a EcoLauncher, mas é importante diferenciar a missão destes projetos e os objetivos perseguidos pelos crackers de jogos.
Resumidamente, os grupos brasileiros apenas facilitam a conexão direta entre o usuário leigo e o produto final, os “jogos desbloqueados” — evitando vírus, ransomware e outros problemas. Na prática, nem os Los Broxas e nem a Ecológica Verde são responsáveis por quebrar as patentes de seguranças nos títulos distribuídos.
Fonte: Tecmundo
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