Homem-Aranha no Aranhaverso | Crítica
- Moezio Vasconcellos
- 11 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Não bastou ter levado o Globo de Ouro de melhor animação, Homem-Aranha no Aranhaverso está conquistando a maior parte dos fãs devido a ser um divisor de águas. Com um ótimo tempo de desenvolvimento de enredo, animação revolucionária e personagens de carismáticos, o filme tornou-se uma adaptação respeitável tanto para quem já era fã do Amigão da Vizinhança, quanto para quem está se aproximando agora.

O protagonista conhecido como Miles Morales nasceu no universo Ultimate das HQs, mas foi tão bem recebido pelos leitores que migrou para os eventos principais. O filme inicia com uma sequência incrível para nos apresentar quem é realmente Miles Morales. Com descendência latina e filho de um policial, o garoto curte grafite e é uma retratação rara vista no cinema, isso impulsiona a produção que acaba trazendo uma representatividade ao filme.

A técnica escolhida para a animação chama muito a atenção por ser realmente inovadora. O excesso de quadros causa um efeito impressionante e a exploração deste recurso para os pensamentos (assim como nas HQs) auxiliam na narrativa sendo mais do que só um excesso visual. Não será difícil esse estilo de animação começar a ser explorado para produções de super-heróis. A sensação é de que o clássico traço usado pelos desenhos da Warner/DC ficou muito datado.

É conveniente comentar que a trama possivelmente não existiria caso a história de Peter Parker não fosse tão bem conhecida e mostrada através dos anos e das mídias. A escolha do personagem de Miles Morales e a suas referências à vida de Parker funcionam de forma coesa e independente, mas é somente pela exaustão da origem do clássico Homem-Aranha que acaba dando certo. Dessa maneira, podemos acompanhar o crescimento de Miles sem nos preocupar com os outros heróis, que estabelecem objetivamente as suas origens criando ligações ao conteúdo que já é conhecido entre os fãs.

Entretanto, é preciso tomar cuidado. Quando analisado fora de um contexto maior, o longa pode ser confuso e dar a impressão de que as suas informações são jogadas sem preocupação com as explicações. Assim como em outros filmes da Marvel, embora de uma forma bem diferente, Homem-Aranha no Aranhaverso precisa de conteúdos prévios para funcionar em sua totalidade, por isso o ideal é se preparar antes de ir ao cinema. Mas é claro que a sugestão supracitada é apenas para aqueles que não são tão íntimos assim do cabeça de teia.
Nota: 9,0/10
Por Moezio Vasconcellos
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