Homem-Aranha | Em entrevista, Irmãos Russo falam sobre o processo e dizem "não estarem surpresos"
- Marcelo Neves
- 17 de set. de 2019
- 3 min de leitura
O co-diretor de Vingadores: Ultimato, Joe Russo, não se surpreende com o fato da Sony estar tirando o Homem-Aranha do MCU, mas ele acha que sua decisão de ficar sem a Marvel Studios e seu prodigioso chefe, Kevin Feige, é uma péssima jogada.

“Vou dizer que, recuando e tentando ser o mais objetivo possível, acho que é um erro trágico da parte da Sony pensar que eles podem replicar a inclinação de Kevin por contar histórias incríveis e o incrível sucesso que ele teve ao longo dos anos. Eu acho que é um grande erro.", diz Joe Russo.
Em entrevista ao The Toronto Sun, Joe Russo e seu irmão, Anthony, falaram sobre a separação e seus planos de acompanhar o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos com um novo estúdio, que produzirá filmes menores.
O novo estúdio, AGBO, foi fundado com o co-roteirista de Vingadores, Stephen McFeely, e lançado na semana passada com Mosul, um documentário sobre a operação que retirou a cidade iraquiana do controle do ISIS.

"Nós sentimos muita sorte com o caminho que pudemos seguir com a Marvel. Mas, crescendo, Joe e eu sempre fomos muito globais. Sempre olhamos para situações políticas e sociais que estão acontecendo ao redor do mundo.", disse Anthony. “Fazer esses filmes da Marvel realmente nos permitiu sentir-nos próximos ao público global, porque eles são populares. Temos que viajar pelo mundo, conhecer pessoas e nos envolver com fãs de todo o lugar. Isso foi muito estimulante para nós e realmente nos motivou a aprofundar o nível global de contar histórias.”, completa Anthony.
Além de dirigir Vingadores: Ultimato e Vingadores: Guerra Infinita, os Irmãos Russo também dirigiram Capitão América: Guerra Civil, filme de 2016 que apresentou o Homem-Aranha ao MCU. Para fazer isso, a Sony e a Disney chegaram a um acordo no qual a Sony permitiria que o Cabeça de Teia aparecesse na lucrativa série de filmes e a Disney retivesse todas as receitas de merchandising.
Em troca, a Marvel Studios produziria filmes independentes no MCU do Homem-Aranha, que seriam distribuídos e financiados principalmente pela Columbia Pictures. Os dois filmes da Sony, que vieram deste acordo, Homem-Aranha: De Volta ao Lar em 2017 e Homem-Aranha: Longe de Casa deste ano, arrecadaram, combinados, mais de US$ 2 bilhões em todo o mundo, com Longe de Casa tornando-se o filme da Sony com maior bilheteria de todos os tempos, fechando em US$ 1,12 bilhões.

Mas, em uma desenvolvimento inesperado, a Sony e a Disney interromperam a parceria em agosto, depois que as negociações para estender o acordo fracassaram. Enquanto Tom Holland continuará interpretando Peter Parker em futuros filmes do Homem-Aranha para a Sony, eles não farão mais parte da continuidade do MCU e não serão desenvolvidos pela Marvel Studios.
"Foi tão difícil colocá-lo no Guerra Civil. Foi um processo extremamente longo e difícil. Mas fomos levados para ajudar a fazer isso acontecer. Mas Kevin Feige conseguiu, de alguma forma.", disse Anthony. “A Disney e todas as pessoas boas da Sony encontraram uma maneira de fazê-lo funcionar e durou alguns filmes. Tivemos uma experiência maravilhosa com isso e acho que o público realmente gostou desse casamento. Mas sabemos o quão difícil foi o casamento em primeiro lugar, portanto, o fato do casamento se desfazer não é realmente tão surpreendente para mim e Joe.”, completa Anthony.

Além de Mosul, os Irmãos Russos também estão ligados como produtores do thriller policial Crime Sem Saída, estrelado por Chadwick Boseman, que será lançado em 22 de novembro deste ano nos cinemas norte-americanos. E, por enquanto, o Canal Bang vai ficar acompanhando esta novela entre Sony e Disney.

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