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Eu sei o que vocês fizeram no verão passado | Crítica (sem spoiler)

  • Foto do escritor: Maiani Ramos
    Maiani Ramos
  • 19 de jul.
  • 3 min de leitura

Todos nós podemos concordar que os gêneros de terror talvez tenham chegado ao seu pior momento na história. Eu sei o que vocês fizeram no verão passado apenas ressalta o quanto se manter vinculado à herança de histórias antigas não é suficiente para fazer um bom filme e intensifica a discussão: até quando os grandes estúdios vão continuar insistindo em revivals, remakes e spin-offs que só contribuem para manchar a história das obras originais.


Arte promocional
Arte promocional

A primeira coisa que incomoda nesse filme não é a ausência de inovação ao ficarem presos nessa narrativa do passado, mas sim a falta de criatividade e esforço. Não é que eu filme já estivesse fadado ao fracasso desde o começo, mas tudo nele exala preguiça. Em vários momentos na narrativa é possível perceber que boa parte deste filme poderia ter sido corrigida apenas se tivessem se esforçado minimamente na construção do enredo, na ligação das cenas ou até mesmo no desempenho dos atores, que sinceramente estava muito precário.


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A seleção dos atores foi muito baseada naquela fórmula básica desse subgênero de terror: personagens sem aprofundamento pessoal e com um belo porte físico. A protagonista, por exemplo, tinha zero carisma e a ideia que fica é que a sua seleção para o papel foi em decorrência da sua grande habilidade de chorar em todos os momentos, até mesmo aqueles que não era necessário esse apelo dramático. Eram atuações rasas, sem carisma e na maioria das vezes entregando aquilo que a gente já está muito acostumado nesses “clichês" de filmes de terror.


Chase Sui Sonders como Ava Brucks
Chase Sui Sonders como Ava Brucks

E como se toda essa junção de fatores não fosse suficiente, ainda conseguiram piorar quando trouxeram de volta os atores da obra original. Ao invés de terem participação ativa no filme, são inseridos sem conexão real com o resto da história, dando aquela impressão mais uma vez que só estão ali como uma tentativa frustrada de atrair um público fã da primeira versão. Nem mesmo a atuação deles escapa da mediocridade o que levanta o questionamento: Será que essa falta de carisma do elenco é por falta de talento ou talvez tenha dedo da direção por trás?


Jennifer Love Hewitt e Freddie Prinze Jr. de volta a franquia
Jennifer Love Hewitt e Freddie Prinze Jr. de volta a franquia

Outra parte que incomoda bastante é a previsibilidade do enredo. Nos 10 primeiros minutos já era possível entender qual era um dos grandes plot twists da história. E a sensação de assistir o filme a partir daí é quase desesperadora. Diálogos rasos e recheados de frases de efeito, mortes sem cunho dramático e uma reviravolta final que não emociona o suficiente, mas que é a única coisa que faz com que o filme não seja um completo fracasso. E aí, e apenas aí, eu parabenizo os roteiristas que trouxeram essa essência de filmes de super-herói: ou você morre herói ou você vive bastante pra se tornar um vilão. E se o roteiro não tivesse sido tão ruim até aquele ponto, o filme talvez valesse um pouco a pena.


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Não dá pra ignorar o impacto da greve dos roteiristas em Hollywood, mas o que se vê aqui vai além disso: é um roteiro fraco, preguiçoso, sem alma. E, quando a base já é frágil, nem direção, nem câmera, nem elenco conseguem salvar. As cenas de assassinato, por exemplo, parecem feitas por iniciantes. É um slasher sem "slash", sem tensão, sem impacto.


A cena pós-crédito deixa em aberto a ideia que história ainda não foi encerrada, mas a verdadeira sensação que fica no espectador é a pura essência do meme: ACABA PELO AMOR DE DEUS.


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É importante salientar que o público já está saturado dessa falta de criatividade de Hollywood na criação de novas histórias. É lógico que o problema não está apenas nos filmes de terror, mas ultimamente, esse gênero tem sofrido com uma enxurrada de tramas ruins. E a impressão que fica é de que a tão chamada era de ouro já passou — e dificilmente veremos obras tão marcantes novamente.


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E por mais que eu não esperasse sentir medo de verdade assistindo a esse filme, o que mais me impressionou foi perceber que o único momento em que senti algum tipo de tensão foi durante os trailers que passaram antes da sessão começar. Dito isso, fica o questionamento: até quando as grandes indústrias vão continuar insistindo em histórias tão vazias?



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