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Duna: Parte Dois | Crítica sem spoilers

Visualmente deslumbrante e um épico narrativo, Duna: Parte Dois continua a adaptação de Denis Villeneuve da amada série de ficção científica de Frank Herbert de forma espetacular.


Duna: Parte Dois expande e aprimora tudo o que foi estabelecido em sua primeira parte. O filme é uma fusão brilhante da visão singular de Frank Herbert, da habilidade do diretor Denis Villeneuve em explorar profundidade e diversidade no coração da narrativa, do olhar meticuloso do diretor de fotografia Greig Fraser em capturar detalhes em composições vastas, do excepcional design de produção e de um elenco magnífico perfeitamente alinhado com a grandiosidade e ambição do projeto.



A ação intensa que permeia o filme de Villeneuve é o ápice do que a ficção científica pode oferecer, consolidando-se, para mim, como o melhor projeto do gênero dos últimos 10 anos. O diretor e roteirista constroem um universo rico e coeso, habitado por personagens complexos e cativantes. O longa se destaca não apenas pela sua grandiosidade visual, mas também pela sua narrativa envolvente e ritmo dinâmico.


Como citei na minha crítica de Duna: Parte Um. Vários aspectos únicos desde o design de produção aos efeitos visuais são elevados a máxima potência nesta segunda parte.


Após uma cuidadosa exploração na primeira parte, Duna: Parte Dois mergulha de cabeça em uma trama frenética que mantém o espectador completamente imerso, garantindo que suas quase três horas de duração pareçam um passeio no parque.



Embora algumas nuances do universo do romance foram inevitavelmente deixadas de lado, Villeneuve consegue encontrar um equilíbrio delicado entre fidelidade ao material de origem e eficácia narrativa, resultando em uma adaptação que nunca parece forçada ou artificial.


A trilha sonora de Hans Zimmer eleva ainda mais o esplendor do filme, complementando não apenas as imagens, mas também os elementos do deserto, tornando-se parte integrante da experiência sonora do filme.


Além das impressionantes cenas de ação e espetáculo visual, o filme não negligencia os aspectos humanos de sua narrativa. Villeneuve consegue transmitir visualmente a profundidade emocional dos personagens e a vastidão do universo em que habitam.



Temos novos rostos, que entram para enriquecer ainda mais o já estelar elenco que já contava com Timothée Chalamet, Zendaya, Josh Brolin, Rebecaa Ferguson, Dave Bautista, Charlotte Rampling, Stellan Skarsgård e Javier Barden. Vemos a chegada do icônico Christopher Walken, a queridinha do terror e Oppenheimer, Florence Pugh, Léa Seydoux de 007 contra Spectre e Austin Butler de Elvis e Mestres do Ar.



Duna: Parte Dois retoma a história exatamente onde seu antecessor parou, evoluindo para um épico poderoso e fascinante que culmina no desfecho do primeiro romance da série de livros Duna.


Enquanto Paul Atreides e Lady Jessica buscam segurança entre os Fremen, habitantes do planeta deserto Arrakis, conhecido por sua valiosa especiaria, enfrentam os desafios impostos pelos impiedosos Harkonnens e pelo Imperador do Universo Conhecido. Paul Atreides se une a Chani e aos Fremen em busca de vingança contra os conspiradores que destruíram sua casa. Enfrentando uma escolha entre o amor da sua vida e o destino do universo, onde deve evitar um futuro terrível que só ele pode prever.



O árido e perigoso Arrakis, lar dos Fremen, é o cenário crucial na trama, destacando-se como o único planeta capaz de produzir a especiaria tão cobiçada, apesar dos perigos representados pelos temíveis vermes da areia.


Independente de sua duração, Duna: Parte Dois cumpre e muito mais ao que se propõe, deixando o público ansiando por mais, especialmente considerando-se que este é apenas o segundo capítulo de uma possível trilogia.


O filme é uma realização magistral que presta uma homenagem fiel ao romance de Herbert, garantindo a satisfação tanto dos fãs mais ardorosos como eu, quanto daqueles que buscavam uma adaptação mais ágil e envolvente da primeira parte. É um dos raros casos em que a sequência supera o original, embora seja importante destacar que se trata de uma obra dividida em duas partes.



Ainda é muito cedo para observarmos o impacto que o filme irá causar tanto para o publico quanto em quesitos de bilheteria. Posso estar ainda sob o efeito das especiarias, mas vendo o calendário de 2024, acho difícil algum longa chegar ao patamar de Duna: Parte Dois.


Duna: Parte Dois se encontra em cartaz nos cinemas da rede Cinesystem.





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