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Batman: Cavaleiro Branco N° 01 e 02 | Crítica

"Batman: Cavaleiro Branco" é uma série, não canônica, que foi lançada nos EUA em oito edições entre 2017 e 2018. A saga foi escrita e desenhada por Sean Murphy. Murphy é responsável por trabalhos como Hellblazer, Punk Rock Jesus, Star Wars Tales e outros. Em agotso deste ano, a Panini resolveu pública-la da mesma forma que foi lançada nos Estados Unidos.



Já vimos várias versões do Cavaleiro das Trevas em filmes, séries, HQs e animações. Sempre tivemos o herói que alterna do implacável vigilante ao maior detetive dos quadrinhos. Mas faltava uma abordagem em desmistificar o mito e torná-lo um "vilão". E Murphy, na primeira edição, nos entrega um Homem-Morcego imponente que coloca medo e intimida qualquer um que passe por ele, contando uma estória em que o maior herói de Gotham ultrapassa os limites e quase mata seu maior vilão após espanca-lo, enfiando uns remédios garganta abaixo e o deixando inconsciente. Nisso, o Palhaço do Crime acorda e não é mais o vilão que conhecemos, e sim Jack Napier, um gênio com QI bem acima da média, que ameaça colocar um processo no DPGC (Departamento de Polícia de Gotham City) pelos abusos sofridos ao longo do tempo, se propondo a ser o salvador de Gotham e tornando-se no Cavaleiro Branco.



Na segunda edição, o autor também mostra o lado humano do Cavaleiros das Trevas, onde ele se alia com um de seus maiores vilões para tentar salvar a vida de uma pessoa bastante querida por Bruce Wayne através da inteligência do Napier. A ponto dos argumentos do vilão deixaram a confiança dos cidadãos e autoridades em relação ao governo e ao DPGC baixíssima e, consequentemente, cada vez mais a imagem do Batman arranhada perante a opinião pública. O vilão também tenta reorganizar a sua vida e vai atrás de um ajudante ideal para o auxiliar no seu plano de salvar Gotham da corrupção das autoridades e do Batman.


Até o momento, estas HQs são algo diferente de tudo que vocês já leram sobre o Batman. Um história que foca na ascensão de Jack Napier e desfaz a figura heroica do Cavaleiro das Trevas como a conhecemos. As cores que Matt Hollingsworth utilizou nos desenhos funcionam bem dentro deste universo. Com um bom roteiro, até o momento a saga é sombria, inteligente e violenta, deixando-a com um conteúdo impróprio para crianças.


Nota: 9/10

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