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Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa | Crítica

Atualizado: 12 de fev. de 2020


Depois do sucesso de bilheteria de Mulher-Maravilha em 2017, ficou evidente que o público geek não era mais o mesmo que o de décadas passadas. Neste contexto, oportunidades foram criadas para que o desejo de Margot Robbie se tornasse real. A atriz veio expressando a vontade de realizar um filme solo de sua personagem Arlequina da DC Comics há anos. E, apesar de ter sido aceita pelo público desde 2016, quando salvou Esquadrão Suicida do abandono total, ainda não era o momento para saber se um filme composto por um elenco de personagens não tão populares poderia dar certo nas telonas. Em 2019 foi dado início à produção do longa que mostraria Arlequina em uma aventura solo. Mas o espírito entusiasta de Robbie falou mais alto, e a mesma decidiu trazer outras personagens das HQs para este projeto. O resultado já está nos cinemas com o título criativo de Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa.

Apesar da tentativa bagunçada e divertida da apresentação das personagens no início do longa, o enredo é simples e objetivo. Afinal de contas, o que muitas pessoas não fariam por um diamante? Todo mundo já sabe que Arlequina é apaixonada pelo palhaço do crime - o Coringa. Mas, como muitos relacionamentos, este pode ter tido um ponto final (duvido!) e Arlequina tenta a todo custo superar a ausência do "Sr. C". Mas o mundo não liga para o que Arlequina está sentindo. E os grandes vilões continuam com o trabalho de tentar dominar a velha cidade de Gotham, com as travessuras de Harley tornando-a um alvo para Roman Sionis (Ewan McGregor), o Máscara Negra. E é aí que a emancipação da nossa protagonista começa, ao lado de garotas que buscam o mesmo, como as magníficas Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), além da decadente detetive Renee Montoya (Rosie Perez) e da divertida Cassandra Cain (Ella Jay Basco).


Quando o assunto é um filme do universo DC nos cinemas, é comum bater uma certa desconfiança, afinal não foram todos os filmes que conseguiram agradar a crítica e o público. Mas podemos ter aqui um trabalho que escapou da escuridão. Aves de Rapina é porradaria do começo ao fim, de forma dosada, mas que tira o fôlego do espectador. Chad Stahelski, diretor de John Wick, foi o responsável por coordenar as cenas de luta e soube fazer isso muito bem. Você olha o grupo de heroínas(?) botando para quebrar e a única coisa que consegue pensar é: “Nossa, eu quero fazer também! Preciso bater em alguém!”. Apesar de alguns personagens terem tido uma introdução mais básica, o filme não é apenas da icônica Harley Quinn. Ela possui o foco por ser uma personagem já conhecida, mas isso não impede da gente conhecer a história das outras mulheres, como a Canário e a Caçadora.

Por fim, é um filme com momentos que poderiam ter tido mais potencial, mas ainda assim merece uma atenção especial pela ousadia, cenas de ação e diálogos divertidos na dosagem correta. Então corram até o cinema mais próximo, pois parece que a DC está realmente se encontrando nos cinemas (Será?).



Por Moezio vasconcellos


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