Assassinos da Lua das Flores | Jodie Foster faz comentário polêmico sobre o filme de Martin Scorsese
- Bruno Almeida

- há 28 minutos
- 2 min de leitura

Jodie Foster, homenageada no Festival de Cinema de Marrakech, afirmou que Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, poderia ter sido mais eficaz como uma minissérie de streaming do que como um longa de três horas e meia. A atriz e diretora comentou o assunto durante uma conversa no palco, enquanto discutia o futuro da narrativa audiovisual.
Foster explicou que sua experiência recente em True Detective mudou sua percepção sobre o potencial das séries. Para ela, o streaming se tornou o principal espaço para histórias longas e complexas, enquanto os cinemas foram ocupados sobretudo por grandes franquias.
“O streaming consegue fazer coisas que o cinema tradicional já não faz. A verdadeira narrativa nos Estados Unidos está no streaming”, disse ela. Segundo Foster, o formato permite explorar personagens e contextos em múltiplos episódios, algo impossível dentro das limitações de um longa.
A atriz usou Assassinos da Lua das Flores, adaptação de Scorsese do livro de David Grann, como exemplo. Embora tenha elogiado o filme, sugeriu que a obra teria ganhado profundidade em uma minissérie de oito horas.
“Ele queria explorar a experiência dos nativos americanos daquela época, mas o que temos é um filme muito interessante sobre dois homens conversando entre si”, afirmou, referindo-se aos personagens de Leonardo DiCaprio e Robert De Niro. Para Foster, uma série teria permitido aprofundar a perspectiva da nação Osage, que no filme surge mais limitada.
Ela completou: “Havia tempo para isso. Uma minissérie poderia ter explorado a masculinidade tóxica, mas também poderia ter dedicado um episódio inteiro à história indígena.”

Apesar das críticas, Foster deixou claro que seu comentário não era negativo. Ela e Scorsese têm uma relação de décadas, desde Taxi Driver, e o próprio diretor enviou um vídeo especial para homenageá-la no festival. Foster citou Vinyl, série criada por Scorsese em 2016, como um exemplo do tipo de projeto que gostaria que ele voltasse a fazer. “Ele tem muito a contribuir nesse formato”, disse.
No início da conversa, Foster revisitou sua experiência em Taxi Driver, filme que transformou sua visão sobre atuação. Ela contou que, antes das gravações, já estava desinteressada pela profissão, acreditando que atuar era apenas decorar falas e “agir naturalmente”.
Tudo mudou quando Robert De Niro a guiou por exercícios de improvisação durante os ensaios. O momento, que aconteceu no terceiro encontro dos dois, redefiniu sua relação com o trabalho.
“Percebi que eu não estava contribuindo o suficiente. Construir uma personagem era algo completamente diferente”, disse. Foster descreveu o episódio como uma epifania. “Lembro da animação, de suar, de correr para contar para minha mãe. Foi o momento em que entendi o que a atuação podia ser.”
Fonte: Deadline

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