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Alita: Anjo de Combate | Crítica

Atualizado: 18 de fev de 2019



“Não importa o quanto você mascare com ótimo design de produção e efeitos visuais. Se a história não está funcionando, você não se conecta com o personagem, simplesmente não vai funcionar.

As palavras que vocês leram acima são do grande cineasta James Cameron em uma entrevista para o Television Critics Association. Pois bem, começando essa discussão sendo bem realista, Alita: Anjo de combate, tendo o próprio Cameron como roteirista, entrega uma produção extremamente linda por fora mas notoriamente vazia por dentro. O texto é o maior dos problemas e o principal responsável pela contradição de James Cameron. Vamos aos fatos.

Em um futuro cyberpunk, a adaptação do mangá homônimo foca na personagem Alita (Rosa Salazar), um ciborgue que é encontrado e reconstruído pelo Dr. Dyson, aqui interpretado pelo magnânimo Christoph Waltz. Dentro deste cenário, o processo de descobertas de Alita se mistura com a ficção científica e a fantasia, possibilitando um grande espaço cinematográfico e um espetáculo fascinante de encher os olhos em termos de efeitos especiais.

Apesar de todas as qualidades, o longa de Robert Rodriguez tem suas falhas. Tem momentos facilmente dispensáveis e que nada agregam à narrativa. O excesso de vilões ocasiona em um roteiro que acaba se perdendo em vários momentos.  Mahershala Ali (Moonlight e Luke Cage) interpreta Vector, um gângster que responde a alguém ainda mais misterioso, mas no final das contas tem o seu grande talento desperdiçado em pouco tempo de tela. O antagonismo é somado com a presença de outros vilões como os ciborgues Grewishka  (Jack Earle Haley) e Zapan (Ed Skrein).

Mas calma aí! Mesmo mergulhado em um clichê cinematográfico com uma "capa" belíssima, o filme termina com um link para uma possível continuação (que se não vier a acontecer, deixará o público sem respostas para alguns questionamentos). Alita: Anjo de Combate errou de forma boba com facilidades de correção para futuros filmes, caso venha a se tornar uma franquia. Mas mesmo assim ainda funciona. Não é um filme excepcional, entretanto a construção de seu universo e a humanidade de Alita são capazes de cativar o público. Corram para cinema!








Por Moezio Vasconcellos


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